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COLUNISTAS
Marcos Gabiroba e a crônica da semana "Solitário e Solidário"
11/09/2023

Já pensaram: O homem moderno é um ser apressado, que já não consegue parar.

De tanto fabricar máquinas, lidar com máquinas e correr atrás de máquinas, já virou meio máquina também, não é mesmo?

Mergulhados na correria, intoxicados de barulho, assumindo compromissos demasiados, bombardeados por mensagens e publicidade constante, os homens e as mulheres de hoje são criaturas literalmente envenenados pelo medo e pela solidão.

Bebemos anúncios luminosos nas ruas. Bebemos horas e horas de televisão, noite após noite. O trânsito nos enerva, congestionando também nossos compromissos.

As chaminés das fábricas que despejavam fumaça (ainda existem?). O trabalho nos desgasta a cada dia. Os nossos problemas pedem soluções. Comunicam-nos cada vez menos em plena época que a comunicação é à base de um relacionamento pessoal e profissional. Sempre correndo contra o relógio que não para, falta-nos tempo e calma para administrar com equilíbrio nossos deveres e obrigações. Mais do que nunca precisamos desintoxicar, espairecer e oxigenar nosso espírito, recompondo-nos psicologicamente. E, retomar o silêncio, a tranquilidade, a terapia de reflexão, para reconquistar entusiasmos gastos sonhos desfeitos e esperanças perdidas nas jornadas ásperas do nosso viver. Já pensou nisso, caro ouvinte?

Solitário e solidário, palavras parônimas, próximas, aparentadas entre si. A solidariedade afugenta a solidão, preenchendo nosso tempo e espaço, conferindo sentido ao nosso existir. Quem partilha tempo, vida, amor está mais perto de Cristo e bem mais próximo dos irmãos na caminhada, rumo à eternidade. Lembre-se:

Deus fala, quando a gente cala. E é no silêncio, na paz do recolhimento interior que melhor captamos as mensagens divinas.

DESCANSO E LAZER: Um sonho de vida mansa e pacata, menos turbulenta e apressada, dorme no coração de cada um de nós. Mas existe uma sombra que nos acompanha e não se desgruda: a estresse, causadora de inumeráveis desequilíbrios psicológicos emocionais. A luta pela vida é cada vez mais difícil, impondo-nos árduos sacrifícios, longas horas de trabalho, trânsito incômodo, precário. Em meio aos brutais desafios de toda ordem, onde os mais fracos se desequilibram. Alguns cientistas americanos afirmam que mais de 80% das doenças de hoje em dia é de origem emocional. Com certeza esta é uma verdade que não tem explicação nem contra resposta. Estresse é uma palavra de origem inglesa de uso universal, englobando diversos significados: ansiedade, angústia, depressão, fadiga, esgotamento nervoso, hipertensão e outras ainda, em estudo pelos cientistas.

Em nosso cotidiano, sofremos pressões internas e externas. Ambas costumam gerar ansiedade, tensão e medo. Principalmente, medo do amanhã. Qualquer atividade consome energias, traz algum desgaste físico ou mental. Se o estresse nos estimula a lutar, a buscar soluções, a produzir mais e melhor, ele é positivo. Mas, se ele nos deprime, entorta, derruba e desequilibra, torna-se negativo, perigoso, demolidor. Esticada em excesso, as cordas de um violão ou guitarra se rompem, facilmente e o instrumento musical não serve para nada, não é mesmo?

Ao regressar de uma jornada, os apóstolos relataram seus trabalhos apostólicos. E o Mestre sugeriu: “Vinde a um lugar deserto e descansai um pouco” Jesus sabia e sabe das coisas, não é mesmo?

PARA FINALIZAR NOSSO ENCONTRO DE HOJE: Há alguns anos passados, num grupo de casais, durante uma palestra na Igreja, uma senhora levantou-se de seu lugar para fazer uma reflexão. Momento em que me lembrei dos riscos da proximidade constante, do sempre perto e junto, como possível fator de desgaste na vida a dois, quando outra senhora filosofou: “-Sim a proximidade pode gerar rotina, tédio e cansaço, perda do mistério de uma união conjugal. Por outro lado, no convívio diário a gente aprende a arte do relativizar os defeitos recíprocos, os atritos, as brigas e as pequenas ou grandes diferenças individuais. O tempo, mestre insubstituível, vai ensinando a dosagem, o justo espaço e equilíbrio das coisas, o discernimento entre o essencial e o acidental. O convívio faz amadurecer, psicológica e espiritualmente. Gente, todas as experiências por que passamos, fica registrada no pergaminho do nosso ser, e no mais sensível dos computadores.

Viver é ser influenciado do berço à sepultura. Pessoas e fatos. Luzes e sombras.

Alegrias e sofrimentos. Passado e presente. Encontros e desencontros. Família, colegas, sociedade. Tudo deixa marcas, sinais e rastros. Positivo ou negativo. Luminosos ou sombrios. Indeléveis ou superficiais.

No mundo moderno, todos nós o olhamos de acordo com o nosso prisma, valores e lugar social. A personalidade humana é sempre fruto e somatório de todo um contexto existencial, tão bem definido por Ortega y Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”. Pensem também nisso. As circunstâncias da vida podem ser nosso ponto de partida ou o ponto de uma reflexão em Deus para Deus, não é mesmo? Pensem também nisso?








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