Inicialmente reportamo-nos que dia 24 de agosto e 25 último foram dias consagrados a São Bartolomeu e Dia do Soldado. Na oportunidade cumprimentamos e parabenizamos ao 26º Batalhão, 83ª Companhia Especial da Polícia Militar de Itabira por seu trabalho, guarda e segurança pública do Município e toda Região. Dito isto, depois de tudo que temos escrito neste espaço semanal, podemos, doravante, resumir a causa de infelicidade conjugal em uma só palavra: imaturidade. Maturidade é a condição básica para a responsabilidade e para o amor. Não é um ponto de chegada, mas um caminho longo a se percorrer para adquiri-la.

Muitos casais foram levados ao casamento por formas imaturas de amor que não o sustentam; são incapazes de assumir as responsabilidades básicas do casamento. São incapazes de amar de verdade; por isso não conseguem vencer as dificuldades normais que surgem na vida a dois. O homem maduro é aquele que descobriu os recursos de sua personalidade e o valor de cada uma de suas faculdades; conhece-se a si próprio e sabe se concentrar para se eximir e para doar livremente. Ele é coerente; superou os impulsos descontrolados e age por convicções e não por conveniências.

As convicções são as marcas de uma maturidade adquirida e dão uma boa motivação à vida. Sem essa motivação a vida não tem sabor; alguém já disse que: “um homem motivado vai à lua, mas sem motivação não atravessa uma rua”. A pessoa madura é aquela que tem uma correta escala de valores e vive segundo ela; Sabe que menos importante é o físico; em seguida vem a razão e a sensibilidade; sendo o valor mais excelente a espiritualidade. Quem é maduro ama a vida, a respeita e a valoriza. Não brinca com ela, não se arrisca sem necessidade; mas não se acovarda quando deve defender seus valores fundamentais. Ele ou ela é fiel às grandes orientações que norteiam a sua vida. Quem tem maturidade tem consciência de sua vida social, mas sabe que não pode viver isolado como uma ilha autossuficiente; sabe que precisa dos outros, e por isso se torna disponível; sabe ser solidário com os outros; venceu o egocentrismo, a esnobação e as aparências vazias. A pessoa madura sabe analisar os acontecimentos e sabe filtrar o que deve assimilar ou não; sem se deixar envolver pelas pressões dos fatos isolados. Sabe se relacionar bem com as pessoas com quem deve conviver e sabe se ajustar aos grupos em que participa sem ser inconveniente, arrogante, prepotente ou murmurador.

Sabe também buscar a integração com o grupo, a união e a eficiência. Está aberto ao diálogo sincero e maduro com qualquer pessoa. Sente-se responsável. Pela sociedade da qual participa.

A pessoa madura leva a sério a fé que professa e a faz da religião uma via de aperfeiçoamento. A pessoa madura se conduz pela vida real e não se perde em devaneios, sonhos, fantasias e sentimentalismos. Ele não falsifica a realidade e nem foge dela; a aceita com suas limitações e não se deixa vencer e abater pelos fracassos. Não tem medo de enfrentar os desequilíbrios de sua personalidade, e não os dissimula ou os esconde de si mesmo. Quem não atinge a maturidade neste mundo globalizado, rápido, exigente, acaba se tornando desajustado e às vezes, até neurótico; e isso tudo, querendo ou não afeta a vida conjugal. Pensem nisso?

A pessoa madura desenvolveu o espírito crítico saudável e a capacidade de autocrítica equilibrada. Reconhece com humildade suas limitações e fraquezas e não desanima diante delas. Ele sabe doutrinar sua emotividade e seu temperamento pela força de suas convicções; adquiriu estabilidade emocional. Seu comportamento sexual é responsável e subordinado ao amor. A pessoa madura não tem medo de se autoanalisar e de pedir ajuda de um orientador para corrigir seus comportamentos. Sabe analisar os efeitos e qualidades do seu temperamento e suas interferências na vida pessoal, social e conjugal. Sabe também quais as medidas que precisa tomar para equilibrar seu temperamento e suas interferências na vida pessoal, social e conjugal. Sabe também que as medidas que precisa tomar para equilibrar seu temperamento e seus atos. Existe uma bela reflexão, um poema de Rudyard Kipling que deixo neste espaço semanal para uma reflexão profunda:

SE... Se és capaz de conservar a calma e o bom senso, num mundo que delira, e para o qual o louco és tu; Se podes crer em ti com a força das grandes convicções, quando ninguém mais crê em ti; Se segues, abandonado, um rumo solitário, sem te revoltares; Se a intolerância cega e a incompreensão desleal, consegues responder com gesto de amor e perdão, enquanto enfrentas as consequências; Se podes falar bem de quem te calunia; Se ao ódio respondes com afeto, sem a vaidade de quem se julga santo, nem a pretensão de seres um sábio; Se és capaz de esperar sem perder a esperança; de sonhar mas conserva-te acima dos sonhos; Se encaras com a mesma diferença o triunfo e a derrota – dois grandes impostores; Se podes resistir à raiva e à vergonha de ver torcidas tuas palavras, que teu inimigo envenena e usa contra ti, atribuindo-lhe intenções que não tiveste; Se és capaz de arriscar tudo o que tens num lance corajoso e necessário, e, perdendo, calando toda mágoa e desgosto, voltares e percorrer todo o caminho andado; Se podes ver toda a tua obra desmerecida pelos que te invejam; e sem dizer palavra e sem exaltares, voltares ao princípio para recomeçar tudo de novo; Se és capaz de superar, pela vontade, o cansaço do teu corpo e de tua mente; Se entre o povo conservas a tua nobreza, e entre reis e rainhas nobres conservas tua simplicidade; Se respeita as pessoas como iguais a ti, o amigo e o inimigo, o rico e o pobre;

Se quem conta contigo não se decepcione; Se aproveitas todos os minutos para uma obra profunda; Então, o mundo inteiro é teu; é mais do que isso; alegra-te, meu filho, és um homem. P/N.