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COLUNISTAS
Marcos Gabiroba e a cronica da semana "Uma viagem inóspita e o dia das mães"
15/05/2023

Em minha ida a Portugal no mês passado, tive a oportunidade de fazer uma pequena viagem à Cidade de Fátima, precisamente, à Cova da Iria, local este que diz a tradição católica, a Virgem Maria apareceu para os três pastorinhos, irmãos, Jacinto, Francisco e Lúcia. A árvore onde Maria Virgem apareceu encontra-se no mesmo local, ainda frondosa. É um local onde reina verdadeira paz. Paz celestial, pode acreditar.

Portugal, gente é um pais tradicional da Europa. Muito fácil de comunicar-se, pois falamos a mesma língua, quase a mesma cultura. Visitei a cidade do Porto, onde meu neto João Lucas reside e estuda cursando Economia. É uma cidade progressista, possuindo várias indústrias e um comércio bastante produtivo e popular. Primeiramente passei por Lisboa a capital. Linda, linda, linda. É considerada como Paris, isto é, a cidade luz. Caso você caro ouvinte tiver oportunidade, visite Portugal e suas cidades ancestrais. Tivemos nesta viagem a companhia de um casal amigo – Cássio e Cláudia, casal este o qual constituímos amizade percorrendo, juntos, as principais maravilhas da cidade e do país. O Entardecer da cidade do Porto é maravilhoso. Todos os turistas correm a um alto morro para ver o sol se esconder, às oito horas da noite. É coisa de outro mundo, gente. Que coisa maravilhosa meu Deus de Céu!

Para não dizer adeus, o coração explode na dor acumulada e na fadiga: o morto ensaia novos passos ao ritmo de sua amante estranha. Morrer foi mais do que uma escolha: foi render-se enfim àquela melodia.

Baixa uma cunha de luz sobre os que velam: enlaçado à sua amada, o morto espreita atrás da cortina enquanto se arma o cenário. Na plateia, silêncio e surdez: somos os nãos iniciados. Mas alguém conhece o roteiro, alguém distribui os papéis, alguém vai pronunciar nossos nomes. Ninguém será esquecido no palco que nos guarda: seremos vistos, seremos registrados, também seremos chamados.

Caminho entre minhas perdas – que são insetos escuros – e meus ganhos, douradas borboletas. A luz de uma paixão, o dedo da morte, o lento pincel da solidão desenharam meus contornos, firmaram meu chão. Que liberdade não precisar pensar; que alívio não ter de administrar a minha vida: apenas andar, apenas olhar, apenas ouvir essa voz, essas vozes de quem vêm de longe, passam por mim e não me dão a menor importância: porque no vasto oceano a minha eventual desarmonia é apenas uma gota desafinada. Mais nada. Pensem nisso.

Caros ouvintes você já observou que existe qualquer coisa de especial quando coloco a cara na janela de minhas crônicas? Confesso que eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em por detrás de ficções. Sim, eu tinha esquecido como era esse gosta/não gosta, fala/não fala. Como cronista, claro que sou uma pessoa, ainda aprendendo o que realmente seja um cronista, talvez medíocre, isso digo com sinceridade que não escrevo para mim mesmo e nessa busca em escrever posso agradar a uns e desagradar a outros, às vezes até ser xingado, embora, sabendo que podem acontecer as duas coisas. Escrevo porque eu gosto de escrever – sobre tudo ou quase tudo que me vem à mente – Num ano creio que serão dezenas, pois desde 2005 assumi este espaço, então ocupado pelo meu amigo inesquecível, dr. Sérgio Augusto Gonçalves Rosa, o precursor de crônicas neste canal de comunicação, artigos estes que, talvez, daqui a alguns anos tudo já estejam na poeira do tempo, não é mesmo? Assim é a vida, meu irmão!

Inevitavelmente no dia em que escrevo – semanas pós semanas – as pessoas que não me conhecem me olham com diversas caras (algumas por conta da paranoiazinha de toda pessoa que escreve): a cara do que acha que devia dizer alguma coisa que não leu; o que mais gostou podia ser melhor, sobretudo se for um amigo: pra eles, a gente tem de ser sempre o máximo, não é mesmo?.

Aquele que escutou ou as leu, às vezes, detestou e sente até pena de você, “bem que ele se esforça e tenta escrever a meu gosto”. Pode ser até um sabichão: “Foi bom, mas se pensar bem poderia ser melhor”. Existem aquelas pessoas que gostam das crônicas que escrevo, porém, não são de falar, aí faz aquele olhar cúmplice, ou comenta sutilmente dias depois. Aliás, o melhor da amizade é poder ficar quieto.

Porque também a gente não liga todo dia para os amigos pra dizer: “Olha, vi tua namorada ou seu namorado no shopping, ele ou ela está uma bufunfa”. Esperar que as pessoas se manifestem, sobretudo que gostem, seria mortal: o estresse liquidaria com a alegria do trabalho. A unanimidade provaria que a gente nem existe. A crônica escrita, às vezes, também é escrita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias, mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa para transformar seus pensamentos em palavras. Isso não é uma novidade, porém,o normal a acontecer com todos que ainda estão vivos, não é mesmo? E, finalmente, não poderia esquecer que neste domingo é o Dia consagrado às Mães.

Neste espaço beijo as mãos e os corações de todas as mamães ainda vivas.

Especialmente, beijo as mãos espirituais de minha querida mãe, hoje no céu entre os Anjos Celestiais. Nada é mais lindo que esse amor e nem mais forte. É do amor de mães que buscamos forças para criar nossos filhos, não é mesmo? Também pensem nisso? De Aloísio Azevedo tomo emprestado: “eu vi minha mãe rezando aos pés da Virgem Maria; era uma santa escutando o que a outra santa dizia”.








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