Onde está, e até quando familiares do veterinário Inael Nansen Freire Fagundes, de 34 anos, terão que aguardar a vontade da natureza para ter a certeza que o corpo do médico subirá naturalmente e será encontrado para ter um sepultamento digno de um ser humano.

Desde o dia 5 de março, quando os Militares do 6° Pelotão do Corpo de Bombeiros deram por encerrado os trabalhos de buscas, familiares e amigos permanecem em revezamento indo às margens do rio, na esperança que o corpo tenha aparecido em algum lugar as margens, uma busca movida pela esperança, um desaparecimento sem resposta. A esposa da vítima nos relatou que ela tem um filho de 1 ano com o médico, e que ainda infelizmente a criança chora chamando pelo pai, que ainda não voltou.

Nesta quarta-feira, 15 de março de 2023, conversamos com Denise Rodrigues, segundo a mulher do médico veterinário, uma ironia do destino, faz com que as dúvidas pairam nas cabeças dos familiares, em algumas vezes a comparação de fatos os levam a descrença, ela lembra de fatos recentes em que a persistência nas buscas não terminaram e fez uma comparação.

Durante conversa com a mulher do médico pudemos lembrar de fatos como quando um oficial da reserva, teve uma aliança desaparecida em uma cachoeira em Ipoema em 2019, e o esforço foi o suficiente para encontrá-la entre pedras e dejetos, mas de um corpo humano não se consegue encontrar e as buscas são paralisadas.

Não que desacreditemos nos Bombeiros, mas não conseguimos entender o porquê da desistência, se em Brumadinho ainda permanecem três jóias sem serem encontradas e nem por isso as tentativas se esgotaram.

Já são 34 dias de angústia desde do desaparecimento de Inael Fagundes, nas águas do rio em Santo Antônio do Rio Abaixo, perguntas sem respostas, mas uma certeza de que onde ainda existe esperança a vontade de Deus impera.

O Inael deixou uma família, um filho, uma mãe que pede a Deus todos os dias para que o corpo seja encontrado para darmos a ele um enterro digno, temos o sofrimento de ter perdido alguém que tanto amamos, e a angústia de não encontrar só aumenta o nosso sofrimento, disse a esposa do desaparecido.

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