Marcos Gabiroba e a crônica da semana “Numa semana sem carnaval,
Você caro ouvinte de nosso encontro semanal lembra quando surgiram os primeiros computadores pessoais? Confesso que eu não me lembro, mas sei por ouvir dizer que, naquela época era preciso o usuário, ou alguém que já entendia a máquina, ou o próprio usuário programá-la antes de usá-la, até então, uma tarefa complicada – serviço este que não era para qualquer um.
Tempos depois, os especialistas facilitaram nossa vida e os equipamentos passaram a vir com programas prontos especificando cada detalhe na execução dos trabalhos, programas estes então denominados plug and play (ligue e siga em frente). Melhorou, mas às vezes a coisa emperrava, frustrando o usuário. Críticas e críticos de então, passaram a denominar tal erro do computador de “plug and pray”, isto é, ligue e reze... Curioso, não? Parece que a reza, ou oração só vem à mente quando tudo dá errado. É o último recurso. Quando não se enxerga mais nenhuma saída, tenta-se ainda a oração. Não que vá esperar muito disso, mas não custa nada, e quem sabe? Pelo menos ninguém pode dizer que não se tentou de tudo! É claro que também há os que fazem o contrário – não na informática, mas na vida, não é mesmo? Erguem suas preces a quem quer que seja, talvez, até mesmo a Deus e depois cruzam os braços à espera de um milagre. Seria como querer que o computador funcionasse sem ligá-lo, quem sabe ainda, dispensando até o plug, isto é, a ligação à tomada. Meus amigos e amigas ouvintes, pensando bem, acho que essa ideia do plug and pray, apesar de ser uma brincadeira com o computador, pode ser um ótimo programa de vida (veja, por exemplo em João 7.37-39), depois o pray, isto é, a conversa com Deus para receber instruções, e, em seguida, aí sim, o play, isto é, trocar a vida, agora já com o respaldo necessário, sem esquecer que, existem também àqueles que nem tentam o plug e confiam só na carga da sua própria bateria, não é mesmo? Podem viver até bem por um bom tempo, porém, sem esperar a carga acaba e, às vezes, de repente. Ao ver deste colunista, não parece uma opção muito correta ou esperta como queiram, porém, na leitura do Salmo 143.10 encontramos: “Ensina-me a fazer a tua vontade Senhor, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano”, ensinamento de Jesus Cristo a ir buscar o que precisamos diretamente com Deus, e o versículo em destaque recomenda-nos a agir de acordo com sua Palavra.
Plug, pray e play: significa ligue-se com Deus; ore e atue – eis um bom programa de vida! Pensem nisso.
Este ano como no ano passado, e no antepassado, por causa da Covid-19 não tivemos o Carnaval. O carnaval como explica a palavra, significa “Festa da Carne”, festa esta nascida entre os pagãos da antiguidade. Durante o carnaval, ainda que em busca de notícias, o telespectador se depara por várias vezes com o imenso colorido dos festejo carnavalesco, principalmente, os do Rio de Janeiro, São Paulo, o da Bahia e, ultimamente, o de Belo Horizonte que muito cresceu no conceito do povo brincalhão. Tudo isso, antes do Covid-19. O aparecimento dessa praga acabou com tudo, não é mesmo?
Todo esse colorido, outrora existente me fez lembrar as cores preta e a branca – cores contrastantes – mas que dizem muita coisa, principalmente para a psicologia das cores. A cor preta, por mais elegância que transmita é sempre a mais forte representante do melancólico, do apagado, do luto, da perda e da morte. E a cor branca? Na Bahia ou no Rio de Janeiro vestir roupas brancas é um hábito místico-religioso praticado toda sexta-feira, como forma de afastar males e predispor-se à obtenção de bens a boa sorte. Vestir-se de branco também é usual na noite de mudança de ano, no Réveillon, não é verdade? Para mim, pessoalmente, acho ser crendice, mas o que importa é a fé das pessoas. A cor branca também lembra à pureza, as conquistas, a paz, e quem sabe até pode trazer uma lembrança angelical.
Pensando mais uma vez no colorido do carnaval, na oportunidade lembrei também de outra festa, esta permanente, de pura e verdadeira alegria, na qual predominará a vestimenta de cor branca em Ap 7.14c, in verbis: “Estes são os que vieram de grande tribulação e lavaram suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. Nas leituras bíblicas, especialmente em o apóstolo João, no momento em que ele contempla uma grande multidão, formada por pessoas de todas as raças, tribos nações, povos e línguas vestidas de branco e alegrando-se com a vitória concedida por Deus – isto é, a vida eterna com ele. Essa vitória não era resultado do esforço ou merecimento da multidão, mas conquistada pelo sacrifício do Cordeiro, Cristo. Aquelas pessoas tinham-se mantido fiéis a Cristo e por isso, agora estava diante do trono de Deus, adorando-O e servindo a Ele. Elas estavam completamente livres do pecado e não tinham mais nenhuma necessidade física.
Você, caro ouvinte esta incluído nessa multidão? Sua vida já foi lavada e purificada pelo sangue de Jesus? Ainda não? Então, nesses dias que estão programados para um carnaval que não existe, por causa da Covid-19, entregue sua vida a Cristo Jesus e permaneça fiel a Ele. Assim viverás eternamente louvando e agradecendo a Deus sempre em companhia de sua igreja vitoriosa. Sua vestimenta para a grande festa não está na festa do carnaval, mas sim, na grande festa eterna que já está pronta. Portanto, aproveite os dias de carnaval que não acontecerá e vá, você mesmo(a) buscá-la com Jesus. Pensem também nisso.