Marcos Gabiroba e a crônica da semana “Natal é também uma corrida pela vidaâ€
Vamos lá, para a ante saideira de 2021. Hora do balanço do que foi o ano para cada um de nós. Estamos sim, chegando àquele momento em que penduramos uma placa, igual àquelas que antigamente eram colocadas à porta das lojas: “Fechado para Balanço”. Hora para o exame de consciência e da verdade, enfim, conferir o que ficou de saldo: Devedor ou Credor, como nos ensina o balanço em contabilidade. Hora e tempo de novas promessas, propósitos e novas esperanças, estas do verbo esperançar, e não as do verbo esperar, pois estamos rodeados de coisas que desafiam a nossa fé.
Teoricamente, todos nós crentes ou não, faríamos como àquele negociante do versículo 45-46 do Evangelho de Mt. Capítulo 13, in verbis: “O Reino dos céus é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi vendeu tudo que tinha e comprou o terreno.” Porém, na prática corremos o risco de agir como os antigos líderes judeus como explicita o texto acima. Para entendermos melhor o que estava acontecendo devemos lembrar que por muitos anos o povo aguardava ansiosamente a vinda do Messias (o enviado de Deus que haveria de trazer-lhes a paz e a glória). Essa espera era ainda mais intensificada pela triste situação em que os judeus se encontravam, dominados pelo Império Romano. Desta forma, todo o povo aguardava o momento do grande agir divino. No entanto, quando o grupo de sábios começou a perguntar sobre o rei prestes a nascer, em vez de alegria, houve no seio dos judeus, desconforto e agito por toda Jerusalém, pois Herodes não satisfeito em saber que o povo esperava esse novo rei, perturbado, por causa das pregações de João Batista, que lhe atingia diretamente, pois vivia maritalmente com a esposa de seu irmão e, para ele, não havia justificativa, diga-se de passagem – pois seu maior interesse não era o nascimento do Menino-Deus, mas sim, um rei que fosse seu descendente. Porém, o que nos chama a atenção é o total desinteresse dos líderes do povo de Deus, daquela época, se visualizarmos o tempo, este se nos apresenta ainda hoje, não é mesmo?.
Convocados pelo rei Herodes, os Magos, Baltazar, Gaspar e Melchior cientificou-se a localização de onde nasceria o Menino-Deus que iria governar toda Jerusalém e toda Judeia. Por obra do destino souberam informar também, tão somente, o caminho até ele. Enquanto os sábios empreenderam uma viagem muito longa para ver o menino anunciado pela aquela estrela diferente, os escribas e sacerdotes, embora aguardassem a vinda do Messias, não quiseram ir com eles – os Reis
Magos - pois a viagem até Belém ficava cerca de duas a quatro horas, distância esta de Jerusalém a Belém de Judá.
O mais impressionante é que ainda hoje essas atitudes – coerentes ou incoerentes – por mais coerente, enquanto alguns são mais drásticos e procuram eliminar Cristo de suas vidas como outrora fizera Herodes; outros são mais teóricos e até sabem de muitas coisas acerca de Jesus, mas não se interessam em buscá-lo. Mas como é bom saber que também há aqueles que a despeito do seu saber, são capazes de atravessar o mundo para encontrar e adotar o Rei dos Reis – Jesus Cristo! Amigos e amigas ouvintes: ”Quem busca Jesus, encontra a vida com Deus”. Pensem nisso!
Por fim, tomo emprestado da crônica de meus inesquecível amigo e colega de trabalho, dr. Sérgio Augusto Gonçalves Rosa, o trecho de sua crônica escrita para a Rádio Pontal FM, em dezembro de 1994, em que o amigo expressou; “Enfim, a vida é mesmo assim, nada se consegue sem luta e sofrimento. Cada passo deve ser dado com convicção, para não retroceder. Mas nenhum medo ou obstáculo deve impedir nossos passos. Não podemos perder mais tempo, ou então, nossa geração também estará irremediavelmente à margem de novos tempos que se nos anunciam. Acreditar em mudanças, em uma vida digna de ser vivida por todos os brasileiros, não é utopia, não é sonho. Ao contrário, é uma crença que depende de cada um de nós levar adiante, é algo que deve sensibilizar as massas, conscientemente, sem demagogia das promessas impossíveis de serem cumpridas. Caros amigos, Natal e Fim de Ano são princípios de ano novo e momentos propícios a reflexões como essas. As esperanças pairam no ar, Brasil e Minas de cara nova, novos governos, novas cabeças a pensar, novos rumos a seguir. Que nos sirvam as lições do passado, não tenhamos mais memória curta, mas trabalhemos, com fé e seriedade para o futuro, que não pode mais demorar para todos os brasileiros”. Ainda hoje, vinte e sete anos depois, ainda, sob as graças de Deus, faço, dessas palavras, do inesquecível dr. Sérgio Rosa, que são eternas, minhas, para que tenhamos esperança do verbo esperançar no nosso fim de
Ano, com o Natal de hoje, ainda, representando o Nascimento do Menino Deus, ontem na cidade de Belém, hoje em nossos corações. Sim! Ontem foi em Belém de Judá. Agora e sempre em nossos corações. É Natal? Sim, é Natal! E o que é o
Natal pra você hoje? Feliz Natal! Abençoado Ano de 2022. “Um grande abraço, a todos”. É questão de fé. Vivemos por fé, e não pelo que vemos no dia a dia de nossa vida, pois somos convocados a afirmar que cremos em Deus, mesmo quando aparentemente ele não fala ou percebemos seu agir.
Amigos ouvintes deixe a luz de Jesus, o Menino Deus penetrar em sua vida. Dê o primeiro passo e, logo, logo você estará caminhando com ele e não deixe seus atos desmentirem suas palavras. Pensem também nisso. FELIZ NATAL!