Marcos Gabiroba e a crônica da semana “Devaneio de devaneios, tudo é devaneioâ€
Meus amigos ouvintes esta crônica de hoje, como de costume, nesse nosso encontro, tomo emprestado de Abraham Lincoln o pensamento que se segue: “Não sou obrigado a vencer, mas tenho o dever de ser verdadeiro. Não sou obrigado a ter sucesso, mas tenho o dever de corresponder à luz que tenho”.
Para tanto, “bom dia, todos os dias. Bom dia, compreensão e satisfação. Alô inspiração e intuição. Bom dia, sobriedade e qualidade. Alô sinceridade e liberdade. Bom dia, flor, cor e sabor. Alô valor, calor e amor. Bom dia, tolerância e persistência. Alô paciência e consciência. Bom dia, razão e emoção. Alô coração e mãos. Bom dia, gentileza e surpresa. Alô delicadeza e firmeza. Bom dia, intensidade e felicidade. Alô sensibilidade e suavidade. Bom dia, abraço e esperança. Alô fé e confiança. Bom, dia serenidade e cumplicidade. Alô responsabilidade e liberdade. Alô alegria e bom dia, mais um dia”
O importante não é dizer, é saber. Certas coisas não se dizem, porque dizendo, deixam de serem ditas pelo não dizer, que diz muito mais; O ar não é silencioso? O vento não faz barulho? E o que é o vento senão ar? A música é o silêncio em movimento: vou escrever alguma coisa que eu não sei o que seja, justamente, para ficar sabendo. E que eu só posso me dizer, mais ninguém. No dia que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é também, se cônjuge, coitado dele (Fernando Sabino). Divagar um pouco neste espaço semanal, também, faz parte para uma meditação sobre o momento ou momentos de vida para a vida.
Divagando, perguntei ao tempo o que é o mistério e uma flor insistia em contemplar uma vela acesa. Perguntei à imaginação porque a fantasia carece de pincéis e teclados e uma música me convidou para dançar sobre uma tela ainda sem cor. Perguntei às estrelas porque elas estão tão distantes e uma estrela aqueceu um novo brilho dentro de mim. Perguntei à historia porque deixou tantas cicatrizes e a sabedoria me fez compreender a importância de nunca perder as raízes.
Perguntei ao passado porque ele não volta mais e ele tocou minhas lentes e me presenteou com uma lamparina. Perguntei à vida porque a liberdade nem sempre é livre e vi um médico cortar o cordão umbilical de um recém-nascido. Perguntei ao amor porque ele é tão desconcertante e senti uma brisa gotejando mais surpresas no meu semblante. Perguntei à beleza porque ela é tão embriagante e um silêncio abraçou a curiosidade que acalmou meus questionamentos. Aqui cai do cavalo!......
Quando acordei, lembrei-me do doutor Dráuzio Varella que escreveu uma lição de vida para conservarmo-nos nosso dia a dia nossa vida; “Se não quiser adoecer, tome uma decisão”. A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele. Se não quiser adoecer, busque soluções. Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.
Prefere a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.
Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce que existe. “Somos o que pensamos”. “O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma emdoença”. Pensem Nisso. Outrora, isto é, no século XX Simone de Beauvoir nos ensinou: “Em todas as lágrimas há uma esperança” Para encerrar: “Nunca discuta seu problema com alguém incapaz de resolvê-lo”.
Milagres acontecem tão depressa quanto as tragédias. Você caro ouvinte já pensou nisso? Fracassar no preparo é preparar-se para o fracasso; a única voz que seu futuro ouve é a voz da semeadura. A reconciliação não é o esquecimento de uma ofensa, mas o perdão dela. Os ateus querem que provemos a existência de Deus, mas recusam-se a provar que ele não existe. A semente é a única influência que você exerce em seu futuro. A longevidade de todo relacionamento é decidido pela vontade de perdoar. A luta é a prova de que você ainda não foi vencido, pois a esperança não murcha, ela não cansa, também como ela não sucumbe à crença; vão-se os sonhos nas asas da descrença, voltam sonhos nas asas da esperança. Eu contemplo as flores e são as cores que me sentem. Eu admiro as estrelas e são elas que me vestem de brilho. Eu transpiro confiança e é o amor que me respira. Eu arrisco voar nas profundidades da liberdade e é a paixão que reconfiguram os textos do coração. Eu rego a terra e são as sementes que fertilizam o novo. Eu busco palavras e é o olhar que conecta compreensão. Eu me movo na esperança e é o sonho em ação que a testemunha. Por tudo isso, devaneios são devaneios. No mais a vida também é um devaneio. Pensem nisso.