Presidente da Funcesi vai a Câmara e diz que impasse no contrato com o Auge será resolvido
O presidente da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi) Romulo César Martins Rosa utilizou a tribuna da Câmara Municipal na tarde desta terça-feira dia 06 de junho e admitiu a irregularidade no contrato firmado entre a instituição e o Colégio Auge, que funciona em suas dependências em um espaço alugado.

A denúncia foi feita pelo vereador André Viana Madeira (PTN), que apresentou a lei municipal 3.736/02, que em seu segundo artigo, não permite que a Funcesi ceda seus espaços a não ser para aumentar o seu campus ou então o número de cursos superiores. Ao visitar a Câmara o presidente da Funcesi admitiu que há uma diferença entre o estatuto da instituição de ensino e a lei municipal. No entanto, ele descartou qualquer possibilidade de desfazer o contrato com o Colégio Auge, devido aos prejuízos que a recisão pode causar, tanto para os 260 alunos que estão no meio de um ano letivo, quanto para os 60 profissionais que atuam na escola, que poderão ser demitidos com o encerramento da parceria.
A ideia, segundo Romulo Rosa, é fazer a correção e manter a parceria com o colégio. Segundo os dados apresentados aos vereadores, a terceirização do espaço rende à instituição R$ 300 mil ao ano.
“Estamos tomando as soluções, mas de antemão não podemos parar a escola no meio do ano. Está tendo encaminhamento dentro de toda legalidade”, garantiu o presidente.
O diretor relações institucionais da Funcesi, José Carlos Lima, conversou com a imprensa após a participação do presidente e disse que houve uma incongruência.
“De um lado estamos resguardados em relação ao próprio estatuto [da Funcesi] que permite a utilização de seus bens e loca-los, quando se fala em bens, não estamos falando apenas de instalação físicas, quando é bem é um termo mais amplo, então, estamos falando também do terreno. É importante esclarecer para a população, que houve questionamentos desta natureza e que nos foram encaminhados pelo próprio Ministério Público e que a Funcesi já respondeu em 2015 e em 2016, no nosso entendimento não há uma atitude ilegal, muito pelo contrário”, afirmou o diretor.