ITABIRA(MG)- Na tarde dessa quinta-feira (16), a Câmara Municipal de Itabira recebeu a visita da juíza da 2ª Vara Criminal de Itabira, Cibele Mourão Barroso de Figueiredo Oliveira. Sua visita se deu após manifestação ocorrida na reunião da última terça-feira, onde os moradores do Córrego do Meio e vizinhança compareceram à Câmara, representados pela presidente da comunidade para se oporem à construção da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). A juíza veio pessoalmente agradecer a manifestação de apoio dos vereadores.

Em conversa com os vereadores, a juíza contou sobre os preparativos para a instalação da Apac e explicou sobre o método de seleção daqueles que serão transferidos para a unidade. Cibele informou ainda, que não há uma restrição legal para a seleção dos presos, e que há uma grande participação e acompanhamento da família no processo de recuperação. São feitas entrevistas com o preso e com a sua família, além de se fazer uma análise da vida pregressa desse preso.
Segundo Cibele, no Brasil foi apurado que no sistema convencional, 85% dos presos voltam a delinqüir, já no método da Apac, apenas 20% dos presos são reincidentes. A juíza disse que quem volta a cometer crimes, perde o direito de entrar na Apac novamente.
Cibele explicou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), estabeleceu normas que devem ser seguidas dentro de uma Apac, e que o método adotado é científico. Segundo ela, existe uma portaria do TJMG que estabelece os critérios de seleção das recuperações.
A juíza disse que a população tem receio com o que é novo. “Há uma divergência, um conflito de idéias, que em nada tem em desprestigiar o método da Apac. A gente torce para que essas pessoas conheçam a realidade, se aprofundem no método e que a verdade sobre o método chegue ao coração das pessoas que ficarão mais tranqüilas”, destacou Cibele.
ASCOM CMI