A Polícia Civil apresentou a conclusão de vários inquéritos que investigaram homicídios ocorridos em Coronel Fabriciano-MG nos últimos seis meses.

Segundo o delegado regional Helton Cota, foram oito homicídios consumados e um tentado. Todos os autores envolvidos nesses crimes, 13 ao todo, foram identificados. Dentre eles, oito estão presos, três estão foragidos e dois foram mortos.

O delegado responsável pela Homicídios de Fabriciano, Washington Moreira apresentou os principais pontos de cada crime, como autores, motivação e investigação.

Garota encontrada morta em matagal

Em julho, Vitória Maldinni, de 17 anos, foi encontrada morta em um matagal perto do Contorno Rodoviário do Vale do Aço, no bairro Amaro Lanari. De acordo com o delegado, todos os envolvidos no crime, três menores e dois maiores foram identificados. “Os adolescentes confessaram e deram detalhes de como foi. Eles armaram uma emboscada para a Vitória aqui no bairro Bom Retiro [Ipatinga] e a levaram para o Amaro Lanari. Apenas um indivíduo, Robson Pierre está foragido, mas já há um mandado de prisão em aberto pela Justiça”, disse.

Ainda de acordo com o delegado, a polícia ainda aguarda um laudo pericial que comprovará se Vitória sobre agressão sexual antes de ser morta. Clique aqui e relembre.

Triplo homicídio no Caladinho

Um crime que chamou a atenção, tanto da polícia quanto da população, foi o assassinato de três mulheres em uma casa no bairro Caladinho de Cima em novembro passado. Dayara Nunes Chagas, de 23 anos, Taís Teodora da Silva Rocha, também de 23 anos, natural de Caratinga e Ludmila Gonçalves Melo, de 18 anos, foram mortas a tiros no dia 9 de novembro.

De acordo com o delegado, todas as três vítimas estavam envolvidas com o tráfico de drogas. A motivação do crime, segundo a polícia, seria uma disputa sobre ponto de vendas de entorpecentes. “Os autores haviam avisado para elas pararem de vender drogas naquela região, só que elas continuaram a insistir na conduta criminosa delas e eles foram lá e assassinaram”, contou. Nesse crime, todos os autores, segundo o delegado foram identificados.

Mostrou com exclusividade o interior da casa onde o crime ocorreu. Nas imagens é possível vestígios de um churrasco que, segundo as investigações, teria ocorrido durante todo o dia em que o crime aconteceu. Clique aqui e veja.

Dois mortos no Santa Cruz

Dois jovens foram mortos no bairro Santa Cruz no dia seguinte ao triplo homicídio. Neuton Brandão Neto, de 18 anos, e Hudson Marques Souza Silva, de 17 anos, foram mortos a tiros em uma noite violenta. Neuton foi encontrado morto dentro de uma casa e Hudson foi assassinado pelo mesmo autor que matou Neuton. Clique aqui e relembre.

Jovem morto no Caladinho tinha ligação com triplo homicídio

De acordo com as investigações, outros crimes contra a vida ocorreram em decorrência da morte das três mulheres. Um deles é de Guilherme Vitor Santos Kaizer da Silva, assassinado no Caladinho, de 19 anos, que foi executado a tiros também no bairro Caladinho. Um dos autores do triplo homicídio acreditava que Guilherme tinha algum envolvimento com as mulheres. “Iniciou-se uma disputa entre grupos criminosos, onde quem estivesse dando suporte para os envolvidos no crime morreriam”, disse.

Jovem é perseguido e morto

Mateus Filipe de Matos, de 25 anos, foi perseguido e morto por um homem na madrugada de domingo (18) no bairro Caladinho de Cima. Esse crime está ligado ao triplo homicídio porque, segundo a polícia, Mateus teria matado Hudson, morto no Santa Cruz. O pai da vítima quis vingança e matou o executor de seu filho. “Ele disse com detalhes o motivo que o levou a matar e a gente temia que eles matasse outras pessoas”, concluiu.

Cerca de 40 mortes em 2016

Em Coronel Fabriciano, de acordo com números não-oficiais, cerca de 40 pessoas foram assassinadas em 2016. A polícia afirma que, em média, 90% estão ligados ao tráfico de drogas. Desses, segundo delegado Washington Moreira, 60% vão terminar o ano apurados. “É um número alarmante, mas as apurações também aumentaram. A gente acredita que, nos próximos anos, esse número vai diminuir”, afirmou.

PLOX