A Vale e o Sindicato Metabase encerraram na sexta-feira da semana passada, 4 de novembro, mais uma rodada de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) deste ano. De acordo com a entidade sindical, a mineradora melhorou a proposta apresentada na primeira reunião. O reajuste de 6,5% antes oferecido subiu para 7,5%, percentual que ainda não agradou ao presidente do Metabase, Paulo Soares de Souza. 

Além de aumentar em 1% a sua proposta, a direção da empresa optou pelo cancelamento da polêmica cláusula que limitava o cartão-alimentação dos trabalhadores afastados. Anteriormente, a Vale queria estipular o prazo de apenas seis meses para conceder o benefício aos trabalhadores afastados, mas a mineradora recuou e retirou esta cláusula das negociações. No entanto, a empresa insiste em manter a limitação para o auxílio-educação. Segundo a proposta apresentada, os trabalhadores afastados pelo auxílio-doença por mais de seis meses perderão, até que retornem às atividades, o direito de usufruir do auxílio-educação. 

Quanto ao valor do cartão-alimentação, a Vale não apresentou intenção de aumento. O sindicato reivindica o reajuste dos atuais R$ 620,00 para R$ 1.067,82. Em contraproposta, a empresa sugeriu o pagamento da 13ª parcela deste benefício e um abono creditado no próprio cartão no valor de R$ 1.000,00. 

“Mais uma vez, a Vale insiste em manter uma proposta prejudicial aos trabalhadores. A empresa tem condição de fechar um bom acordo. A Vale anunciou bons resultados no final do mês passado, não estou entendendo porque insiste em prejudicar seus trabalhadores ao oferecer uma péssima proposta. Vamos aguardar um posicionamento da Vale nos próximos dias e esperamos que seja com uma boa novidade. Caso contrário, continuaremos pressionando”, declarou Paulo Soares.