A reunião de Comissões Temáticas da Câmara, nesta quinta-feira (6) se transformou em uma audiência pública com as presenças de representantes da Secretaria Municipal da Fazenda. Plínio Andrade e Paulo Morais apresentaram os números do orçamento dos últimos quatro meses. No relatório, a prefeitura arrecadou R$ 11 milhões a menos que no mesmo período de 2015, e, as contas não estão piores por causa do pagamento extra oriundo da CFEM – Compensação Financeira por Exploração Mineral que a Vale desembolsou, no valor de R$ 54 milhões.

 Apesar disso, o município ainda economizou cerca de R$ 2,5 milhões, de acordo com Plínio Andrade. A economia, segundo ele, foi realizada com cortes em investimentos, redução de contratos e contratações de terceirizados e, ainda, diminuição de repasses de convênios. “Com a queda na arrecadação, principalmente por causa do preço do minério e da retração das atividades minerárias, o município perdeu muito. A prefeitura é obrigada a cortar gastos, o que causa impacto na manutenção de serviços. Infelizmente não há como fugir disso”, disse Andrade.

Os vereadores fizeram questionamentos quanto ao montante das dívidas do município. O relatório aponta que as dividas consolidadas, isto é, as reconhecidas e processadas pela Secretaria da Fazenda somam R$ 24 milhões, enquanto as dividas ainda não consolidadas chegam a R$ 59 milhões. Plínio Andrade explicou que o município vem quitando as dividas sistematicamente, e que não aparece no relatório o pagamento de setembro, que segundo ele, foram de cerca de R$ 22 milhões.

O pagamento da divida da prefeitura com o Itabiraprev – Instituto de Previdência dos Servidores Públicos foi bastante cobrado pelos vereadores. Em informação extraoficial, Paulo Morais disse que a prefeitura pretende usar recursos de resgate judicial de processo contra a Vale, no valor de R$ 5 milhões. Sem dar detalhes, o servidor disse que é uma das prioridades da administração.

Os vereadores que participaram da reunião foram Allaim Gomes (PDT), Tãozinho Leite (solidariedade), Sueliton Sousa (solidariedade), Paulo Soares (PRB), Marcela Cristina Lopes (PR), Ilton Magalhães (PR), José Luiz Batatinha (PSDB), Ronaldo Capoeira (PV), Toninho da Pedreira (PPS) e Geraldo Torrinha (PHS).

ASCOM CMI